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11/Mar/2025

Petrobras: Refinaria Riograndense fabricará bio-óleo

A Refinaria Riograndense (RPR) teve sucesso no teste de coprocessamento de 5% de bio-óleo, o óleo de pirólise de biomassa com carga mineral. A refinaria tem participação societária do grupo Ultra, Braskem e Petrobras. A unidade é a primeira do País em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico. O teste de coprocessamento ocorreu na unidade de craqueamento catalítico da Riograndense por sete dias até 17 de fevereiro. O bio-óleo usado como matéria-prima do teste foi fornecido pela empresa Vallourec Unidade Florestal. Seu processo de obtenção foi certificado pelo International Sustainability and Carbon Certification (ISCC) e consiste na condensação de vapores gerados na produção de carvão vegetal de eucalipto, evitando a emissão de gases de efeito estufa.

O teste com conteúdo celulósico é uma das iniciativas para a conversão da Refinaria Riograndense em fabricante de combustíveis renováveis nos próximos anos. Em linha com o compromisso da Petrobras de liderar uma transição energética justa no Brasil, a Refinaria Riograndense será transformada na primeira refinaria do mundo a fabricar produtos 100% renováveis. Ela será uma biorrefinaria que produzirá combustíveis somente a partir de óleos vegetais. O teste representa um avanço significativo para o biorrefino global, pois pode viabilizar a transformação de madeira e de outros resíduos agroflorestais, amplamente disponíveis, em derivados típicos do refino de petróleo.

Bio-óleo é um líquido viscoso, de coloração escura, rico em compostos orgânicos. Assim como o petróleo, precisa de tratamentos adicionais para ser usado em motores ou turbinas. A matéria prima foi convertida em diversas frações como gás combustível, GLP e componentes para formulação de gasolina e combustível marítimo. A iniciativa integra o Programa BioRefino da Petrobras que prevê investimentos de US$ 1,5 bilhão até 2029, conforme o Plano de Negócios em vigor. O teste de coprocessamento na RPR foi realizado de acordo com as cláusulas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) que regulam recursos destinados a projetos de inovação por empresas de óleo e gás. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.