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10/Mar/2025

Futuros pressionados pela oferta da América do Sul

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (07/03). O mercado foi pressionado pelo avanço da colheita no Brasil e pela melhora das condições climáticas na Argentina, com chuvas em áreas produtoras. O vencimento maio perdeu 2,25 cents (0,22%), e fechou a US$ 10,25 por bushel. Na semana passada, ficou praticamente estável.

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra argentina em condição entre normal e excelente era de 73% na última semana, ante 67% na semana anterior. Nos últimos dias, foram registradas chuvas abundantes principalmente no centro e no sul da região agrícola, o que melhorou as condições das lavouras de soja em nível nacional. Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil deverá embarcar 14,798 milhões de toneladas de soja em março, um crescimento de 9,2% ante igual mês do ano passado.

Em relação a fevereiro deste ano, quando as exportações do grão totalizaram 9,586 milhões de toneladas, o avanço previsto é de 54,4%. O mercado também segue atento aos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com a perspectiva de que a demanda chinesa se volte para a soja brasileira. O país asiático importou 13,61 milhões de toneladas de soja em janeiro e fevereiro deste ano, o que representa avanço de 4,4% ante igual período de 2024, de acordo com dados preliminares da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC).

A China continua comprando e deve manter esse ritmo, privilegiando a origem brasileira. O mercado internacional segue atento a qualquer mudança no fluxo de importação, já que a China pode tentar negociar melhor os preços caso os estoques estejam bem supridos. As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.