07/Mar/2025
Segundo a American Soybean Association (ASA), uma nova guerra comercial entre os Estados Unidos e a China pode ampliar as dificuldades econômicas dos produtores de soja norte-americanos, que ainda não se recuperaram completamente dos conflitos tarifários de 2018, no primeiro governo de Donald Trump. Isso porque, com a aplicação de tarifas pelos Estados Unidos, os produtores de soja do Brasil e de outros países com colheitas abundantes estarão prontos para atender qualquer demanda resultante do embate. Como principal cultura de exportação dos Estados Unidos, a soja e seus produtores enfrentam impactos enormes e desproporcionais por causa das interrupções no fluxo de comércio, particularmente para a China, que é o maior mercado. Os agricultores norte-americanos estão frustrados com as medidas tarifárias de Donald Trump, destacando que os associados não apoiam o uso de tarifas como tática de negociação.
O México é o segundo maior comprador da soja em grãos, de farelo e de óleo dos Estados Unidos, enquanto o Canadá é o quarto maior cliente para o farelo. Fora isso, os Estados Unidos importam a maior parte do potássio que usa do Canadá, além de outros insumos agrícolas e equipamentos. Diante disso, a ASA pediu para que a administração reconsidere essas tarifas e as potenciais tarifas futuras mencionadas pelo presidente Donald Trump, além de continuar as negociações com os três países que incluam soluções não tarifárias. Desde que tomou posse para um segundo mandato nos Estados Unidos, Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, além de tarifa adicional de 10% sobre importações chinesas. Em resposta, a Canadá divulgou planos de tarifar em 25% quase US$ 100 bilhões em importações dos Estados Unidos, enquanto a China aplicará tarifas retaliatórias de 10% sobre a soja, além de limitar o acesso ao mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.