06/Mar/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (05/03). O mercado passou por correção após ter recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado perda de 4,74% no período. A queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também influenciou os negócios. O vencimento maio da oleaginosa subiu 12,75 cents (1,28%), e fechou a US$ 10,11 por bushel. Uma menor estimativa para a safra brasileira também deu suporte aos preços.
A StoneX reduziu sua projeção em 1,5%, para 168,3 milhões de toneladas. O volume ainda representa um recorde, mas ficou abaixo da previsão mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 169 milhões de toneladas. A revisão para baixo reflete principalmente os impactos do clima mais seco no início do ano em Estados das Regiões Sul e Centro-Oeste. Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul registraram novos cortes de produtividade, com destaque para a safra do Rio Grande do Sul, que teve redução de mais de 4 milhões de toneladas frente ao divulgado em fevereiro.
O avanço mais rápido da colheita no Brasil limitou os ganhos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os trabalhos alcançaram 48,4% no dia 2 de março, em comparação com 36,4% na semana anterior e 47,3% em igual período de 2024. Também pesou sobre os contratos a retaliação anunciada pela China às tarifas de 20% impostas pelos Estados Unidos a produtos chineses. A China informou que a partir do dia 10 de março aplicará tarifas de 10% e 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos.