28/Feb/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (27/02). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, e pela expectativa de que os Estados Unidos imponham na próxima semana uma tarifa adicional de 10% a produtos chineses. A China é o principal importador mundial de soja. O vencimento maio da oleaginosa cedeu 4,00 cents (0,38%), e fechou a US$ 10,37 por bushel. Chuvas na Argentina e o avanço mais rápido da colheita no Brasil também pesaram sobre as cotações.
Os negócios foram influenciados ainda pela queda expressiva do milho e do trigo. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou nesta quinta-feira (27/02), durante seu Fórum de Perspectivas Agrícolas, que produtores de soja do país devem semear 33,99 milhões de hectares neste ano, uma redução de 3,5% em relação à área do ano passado. A projeção ficou dentro da expectativa de analistas. A agência observou que a estimativa de área menor se deve aos preços mais baixos da oleaginosa, que por sua vez refletem em parte a grande oferta da América do Sul.
Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos também vieram dentro do esperado pelo mercado. Segundo o USDA, exportadores do país venderam 410,9 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 20 de fevereiro. O volume representa queda de 14% ante a semana anterior, mas alta de 10% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 3,6 mil toneladas.