25/Feb/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (24/02). O mercado foi pressionado pelo ritmo mais acelerado da colheita no Brasil. De acordo com levantamento da AgRural, os trabalhos atingiram no dia 20 de fevereiro 39% da área cultivada, em comparação com 23% na semana anterior e 40% um ano atrás. Temperaturas mais altas, chuvas mais espaçadas e a pressão para plantar a 2ª safra de milho de 2025 dentro da janela deram forte impulso à colheita da Região Centro-Oeste, com destaque para Mato Grosso, que agora lidera os trabalhos e abre grande vantagem sobre Mato Grosso do Sul e Paraná. O vencimento maio da oleaginosa perdeu 9,75 cents (0,92%), e fechou a US$ 10,47 por bushel.

As chuvas esperadas para esta semana em grandes áreas agrícolas da Argentina também pesaram sobre os contratos, uma vez que tendem a aliviar o déficit de umidade em regiões onde as lavouras estão definindo seu potencial de rendimento. O desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 2%, também pressionou as cotações da oleaginosa. As perdas foram limitadas pela expectativa de uma área plantada menor nos Estados Unidos. Segundo o CoBank, a área semeada deve diminuir 3,57% ante o ano passado, para 33,99 milhões de hectares. Dados de inspeção de exportação dos Estados Unidos também impediram uma queda mais expressiva das cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 858.679 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 20 de fevereiro, aumento de 18,2% ante a semana anterior.