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25/Feb/2025

Revisada projeção para safra de soja 2024/2025

A Hedgepoint Global Markets revisou para cima sua estimativa da safra brasileira de soja 2024/2025 e agora projeta uma produção de 171,5 milhões de toneladas, um aumento de 700 mil toneladas em relação ao levantamento de janeiro. O ajuste positivo se deve ao alto rendimento das lavouras registrado em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia, impulsionado pelo clima favorável após o início das chuvas em outubro de 2024. Essas produtividades ajudam a compensar perdas no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, onde a seca afetou as lavouras, principalmente em janeiro deste ano, levando a ajustes negativos nas produtividades médias esperadas para esses Estados. O clima nas próximas semanas ainda pode afetar a produção final, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a colheita começa em março. Até o dia 21 de fevereiro, 27% da safra já havia sido colhida, ritmo levemente inferior ao do ano passado (29%), mas acima da média das últimas cinco safras (25%), mostrando recuperação dos atrasos iniciais.

Destaque para os Índices de Diferença Normalizada de Vegetação (NDVI), que confirmam a estimativa de alta produtividade para os principais Estados produtores das Regiões Centro-Oeste e Sudeste. A análise dos índices de diferença normalizada de vegetação confirma as nossas estimativas de alta produtividade para Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde os valores permaneceram acima da média, indicando bom desenvolvimento das lavouras. Em relação ao Rio Grande do Sul, o NDVI reflete um desenvolvimento menos saudável das plantas em comparação com anos anteriores, mas sem indicar uma 'catástrofe' em nível estadual. A recente melhora climática ajudou a aproximar os índices da média considerada normal, trazendo algum alívio para as lavouras do Estado. As condições meteorológicas serão determinantes para os próximos meses.

Os mapas climáticos indicam pouca umidade entre 20 e 26 de fevereiro na maior parte do Brasil, favorecendo o avanço da colheita na região central. No entanto, a seca na Região Sul pode agravar as condições das lavouras no Rio Grande do Sul. Para o período entre 27 de fevereiro e 5 de março, a projeção é de retorno da umidade ao Rio Grande do Sul e ao norte de Mato Grosso, enquanto chuvas intensas na Região Norte podem dificultar a colheita e o escoamento da safra para os portos do Arco Norte, impactando os prêmios de exportação e basis. Além disso, temperaturas mais altas nos próximos 14 dias no Rio Grande do Sul, combinadas com baixa umidade, podem prejudicar ainda mais as lavouras. Para março, a previsão continua apontando para baixa umidade na Região Sul, aumentando os riscos de perdas produtivas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.