21/Feb/2025
No mercado interno de soja, os preços registraram alta entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca de 60 Kg nesta quinta-feira (20/02). O dólar fechou em baixa no Brasil nesta quinta-feira (20/02), acompanhando o recuo generalizado da moeda norte-americana no exterior, ainda que o mercado siga operando sob tensão em meio às promessas de tarifas de importação dos Estados Unidos. O dólar fechou em baixa de 0,37%, a R$ 5,70. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 7,68%. Em mais um dia de agenda econômica esvaziada no Brasil, os investidores se voltaram para o cenário externo, onde o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu anunciar novas tarifas no próximo mês ou antes, acrescentando madeira e produtos florestais à lista de produtos no alvo de seu governo. O fato de Donald Trump indicar que as tarifas não serão imediatas, porém, abriu espaço para uma queda do dólar.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (20/02). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da soja em grão avançou 14,75 cents (1,41%), e fechou a US$ 10,63 por bushel. A possibilidade de uma nova onda de calor na Argentina também deu suporte aos preços. De acordo com boletim semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, ventos do trópico trarão de volta uma intensa onda de calor. O período entre 20 e 26 de fevereiro começará com temperaturas abaixo do normal, seguidas por calor intenso na maior parte da área agrícola, finalizando com a chegada de uma frente de tempestade. Isso pode prejudicar as safras que já tiveram as expectativas reduzidas pelas condições desfavoráveis dos últimos meses. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que um novo acordo comercial com a China é "possível", o que ajudou a impulsionar os preços da oleaginosa. Porém, a expectativa de oferta volumosa do Brasil limitou os ganhos.
No Paraná, no Porto de Paranaguá, a indicação no mercado spot é de R$ 133,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em fevereiro e pagamento em 31 de março. Os preços do produto, que sofrem pressão baixista devido ao momento de colheita, não acompanharam a escalada dos fretes. Nem as tradings estão querendo comprar no FOB porque precisam de logística. Nesta modalidade, a indicação é de R$ 114,00 por saca de 60 Kg em Maracaju (MS), para retirada imediata e pagamento em 15 de março, e de R$ 111,00 por saca de 60 Kg em Rio Verde (GO), para embarque em março e pagamento em 30 de abril. Para a safra 2025/2026, a indicação é de R$ 139,00 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Paranaguá, para entrega em fevereiro e pagamento em 30 de abril do ano que vem. Em Mato Grosso do Sul, os compradores indicam R$ 117,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados e em Campo Grande, para retirada imediata e pagamento em 10 de março, e R$ 115,00 por saca de 60 Kg FOB em Chapadão e em São Gabriel, nos mesmos prazos e condições. Para a safra 2025/2026, a indicação é de R$ 115,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega em fevereiro e pagamento em março de 2026.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.