21/Feb/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (20/02). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da soja em grão avançou 14,75 cents (1,41%), e fechou a US$ 10,63 por bushel.
A possibilidade de uma nova onda de calor na Argentina também deu suporte aos preços. De acordo com boletim semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, ventos do trópico trarão de volta uma intensa onda de calor. O período entre 20 e 26 de fevereiro começará com temperaturas abaixo do normal, seguidas por calor intenso na maior parte da área agrícola, finalizando com a chegada de uma frente de tempestade. Isso pode prejudicar as safras que já tiveram as expectativas reduzidas pelas condições desfavoráveis dos últimos meses.
O site Soybean & Corn Advisor reduziu nesta semana sua estimativa para a safra argentina, de 49 milhões de toneladas para 48 milhões de toneladas e atribuiu o corte à irregularidade das chuvas, às altas temperaturas e à piora da condição das lavouras. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que um novo acordo comercial com a China é "possível", o que ajudou a impulsionar os preços da oleaginosa. A expectativa de oferta volumosa do Brasil limitou os ganhos.
A colheita avança no País com produtividades acima do esperado em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia, compensando as perdas registradas no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul. Diante desse desempenho, a Hedgepoint revisou para cima sua estimativa de produção no Brasil, projetando agora 171,5 milhões de toneladas. A Agroconsult reduziu sua projeção em 1,1 milhão de toneladas, para 171,3 milhões de toneladas. Ambos os números estão acima da previsão mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 169 milhões de toneladas.