20/Feb/2025
A Agroconsult revisou para baixo sua estimativa para a safra brasileira de soja 2024/2025, projetando agora uma produção de 171,3 milhões de toneladas. A revisão reflete impactos climáticos negativos sobre as lavouras de Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul, parcialmente compensadas por produtividades recordes no Centro-Norte do País. A nova projeção representa uma redução de 1,1 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior, divulgada antes do início do Rally da Safra. Apesar de a projeção ter sido alterada em apenas 1,1 milhão de toneladas na estimativa da safra brasileira, as mudanças foram significativas quando se avalia individualmente cada Estado. Enquanto Estados do Centro-Norte adicionaram 5 milhões de toneladas à produção, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina cortaram 6,2 milhões de toneladas da estimativa.
O levantamento também apontou um aumento de 100 mil hectares na área plantada, que agora soma 47,6 milhões de hectares, alta de 1,7% sobre a safra anterior, segundo dados de imagens de satélite da Cropdata. A produtividade média nacional foi ajustada para 60 sacas de 60 Kg por hectare, ante 60,5 sacas de 60 Kg por hectare na estimativa prévia. As perdas climáticas no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul foram determinantes para a revisão da projeção. No Rio Grande do Sul, onde a estiagem e as temperaturas acima de 40ºC persistiram por pelo menos 30 dias, a produtividade foi reduzida para 39 sacas de 60 Kg por hectare, ante 49,5 sacas de 60 Kg no levantamento anterior. A produção no estado deve cair para 16 milhões de toneladas, ante 20,5 milhões de toneladas na safra 2023/2024. Em Mato Grosso do Sul, foi constatado o encurtamento do ciclo da soja devido à falta de chuvas, levando a uma redução da produtividade para 49,5 sacas de 60 Kg por hectare, contra 56,5 sacas de 60 Kg estimadas anteriormente.
Nos Estados do Centro-Norte, o cenário foi positivo. Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins e Maranhão registraram produtividades recordes, evitando uma queda maior na produção nacional. Mato Grosso, principal produtor do País, elevou a produtividade para 66,5 sacas de 60 Kg por hectare, ante 63 sacas de 60 Kg no pré-Rally, com expectativa de uma colheita superior a 50 milhões de toneladas pela primeira vez. A Bahia, com 70 sacas de 60 Kg por hectare, lidera o ranking de produtividade, seguida por Goiás (68 sacas de 60 Kg por hectare), Minas Gerais (67 sacas de 60 Kg por hectare) e os Estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). No Paraná, São Paulo e Santa Catarina, a produtividade recuou para 62,5 sacas de 60 Kg por hectare, 63,5 sacas de 60 Kg por hectare e 65 sacas de 60 Kg por hectare, respectivamente. O Piauí manteve sua estimativa de 60 sacas de 60 Kg por hectare, enquanto Rondônia registrou leve alta para 60 sacas de 60 Kg por hectare. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.