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19/Feb/2025

Biodiesel: revisada projeção de demanda em 2025

A StoneX reduziu suas projeções de demanda de biodiesel e óleo de soja para 2025, após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter a mistura obrigatória ao diesel em 14% (B14). A consultoria cortou a estimativa de crescimento da demanda de biodiesel de 1,2 milhão de metros cúbicos para 600 mil metros cúbicos. Com a manutenção do B14 ao longo de todo o ano de 2025, as projeções passam para um crescimento anual de 600 mil m³, alcançando um volume de 9,6 milhões de m³. No cenário anterior, que considerava o aumento para B15 em março, a estimativa total de consumo era de 10,2 milhões de metros cúbicos. A decisão do CNPE também afeta o consumo de óleo de soja para produção de biodiesel.

A consultoria agora prevê crescimento de apenas 100 mil toneladas em 2025, para 7,8 milhões de toneladas. No cenário do B15, a projeção era de aumento de 600 mil toneladas, alcançando 8,3 milhões de toneladas. Para o diesel A (fóssil), a StoneX elevou sua projeção de crescimento do consumo em 2025 de 900 mil metros cúbicos para 1,5 milhão de metros cúbicos, totalizando 59,7 milhões de metros cúbicos. O aumento mais acelerado das vendas do óleo diesel fóssil em um mercado com baixa capacidade ociosa de refino deve intensificar ainda mais os volumes de importação do combustível. Os preços do óleo de soja avançaram 42,5% no Porto de Paranaguá em 2024, influenciados principalmente pela maior demanda do biodiesel, alta do dólar e safra aquém do esperado. Essa alta culminou em aumento de 41,6% nos preços do biodiesel no período.

Mesmo no cenário do B15, não necessariamente haveria uma alta significativa nos preços em 2025, já que o aumento seria mais suave em comparação aos anteriores, de 10% para 12% em 2023 e de 12% para 14% em 2024. Além disso, a expectativa de safra recorde deve impulsionar o esmagamento, contribuindo para maior disponibilidade do óleo. O óleo de soja representa 0,027% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e 1,74% do grupo de alimentação no domicílio. Por ser matéria-prima de outros alimentos presentes no IPCA, como maionese, margarina e produtos industrializados, o impacto do preço do óleo de soja sobre a inflação pode ser maior do que o indicado diretamente. No entanto, como seu custo representa apenas uma fração do preço final da maioria desses produtos, esse efeito tende a ser diluído ao longo da cadeia produtiva. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.