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19/Feb/2025

Biodiesel: demanda fica comprometida sem o B15

Segundo a AgResource Brasil, a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter a mistura de biodiesel ao diesel em 14%, adiando a implementação do B15, trouxe insegurança ao mercado e pode comprometer o crescimento projetado para o setor. Há preocupação com o impacto da medida sobre a demanda futura de soja e a sustentabilidade da política energética brasileira. Essa decisão coloca em jogo uma perspectiva de algo como 3 a 5 milhões de toneladas que estavam previstas no crescimento ano a ano para frente.

A incerteza quanto à evolução da mistura levanta dúvidas sobre as decisões de investimento e o planejamento do setor agrícola. O cenário atual impacta nos preços e desorganiza a estrutura de oferta e demanda que havia sido projetada com base no cronograma anterior. Todos terão que refazer as contas. Não se descarta a possibilidade de o setor buscar alternativas jurídicas para reverter a decisão. Há outras alternativas para resolver a questão do combustível sem abandonar essa pegada de sustentabilidade que já estava decidida.

A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) e a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) já manifestaram publicamente insatisfação com a decisão, ressaltando que o impacto no preço final ao consumidor seria limitado e que há excedente de soja suficiente para atender à demanda sem pressionar o preço do óleo envasado. A manutenção da mistura em 14% foi defendida pelo governo como uma medida preventiva para evitar impacto inflacionário, especialmente no preço do óleo de soja, que subiu 29% em 2024. O governo quer acompanhar a evolução dos preços do óleo no varejo antes de retomar o aumento da mistura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.