17/Feb/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta sexta-feira, antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Os mercados norte-americanos permanecem fechados na segunda-feira por causa do feriado do dia do presidente. O mercado foi impulsionado pelo recuo do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O vencimento maio da oleaginosa subiu 5,75 cents (0,55%), para US$ 10,5275 por bushel. Na semana, acumulou perda de 1,20%. A decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de não aplicar tarifas recíprocas imediatamente, abrindo espaço para negociação, foi vista como um fator de suporte para os preços.
O fluxo restrito de grãos do Brasil, apesar da safra recorde do País, também deu suporte às cotações. Mesmo com a colheita em 15%, ainda estamos vendo uma restrição desse fluxo saindo das principais regiões produtoras para os portos. A soja tem chegado com umidade elevada e precisa passar por secagem antes dos embarques, o que tem atrasado o ritmo de escoamento e dado suporte temporário aos preços. Esse processo tem sido mais demorado que o usual, o que restringe a oferta disponível.
Os ganhos também foram sustentados por preocupações com a situação das lavouras na Argentina, apesar das chuvas recentes. A safra de soja argentina atravessa dias decisivos: o que acontecer com as chuvas nos próximos dez dias será fundamental para estabelecer um piso para a produção e evitar cortes ainda maiores. Os produtores argentinos deverão colher 47,5 milhões de toneladas de soja, o que representa uma queda de 5% ante a última temporada e de 9,52% ante a projeção anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.