17/Feb/2025
A safra argentina de soja foi reduzida em 3 milhões de toneladas, para 49 milhões de toneladas, enquanto a projeção brasileira foi mantida em 169 milhões de toneladas, segundo relatório do Itaú BBA com base nos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A queda na produção argentina levou à revisão dos estoques globais, que passaram de 128 milhões de toneladas em janeiro para 124 milhões de toneladas agora. Apesar da queda ante o mês anterior, o estoque final global para a safra 2024/25 ainda é 11% maior que o da temporada passada.
A comercialização de soja no Brasil segue abaixo da média histórica, com produtores postergando as vendas à espera de uma possível valorização dos prêmios no primeiro semestre. As compras de soja da China nos EUA, desde a vitória de Trump, foram feitas apenas pela estatal Sino, para a formação de reservas. As esmagadoras privadas seguiram sem comprar soja americana, mesmo com o atraso da safra brasileira. O aumento das filas de caminhões em regiões de grande produção, como Mato Grosso e Goiás.
A colheita avançou bem nesses estados, além da Bahia, São Paulo e norte do Mato Grosso do Sul. As produtividades até o momento têm surpreendido positivamente. O Itaú BBA projeta ainda um aumento expressivo nos embarques nos próximos meses, o que pode pressionar o mercado de fretes. Para os próximos meses, a expectativa é de grandes embarques de soja, com potencial de superar a máxima histórica em alguns meses, o que seguirá sustentando os preços dos fretes em patamares elevados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.