ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Feb/2025

Farelo de Soja: Argentina deve pressionar prêmios

A redução das tarifas de exportação (retenciones) na Argentina deve pressionar os prêmios de farelo de soja no Brasil nos próximos meses, segundo relatório divulgado pelo Itaú BBA. O governo argentino anunciou que, até o fim de junho, a tarifa de exportação da soja cairá de 33% para 26%, enquanto a dos derivados, como farelo e óleo, recuará de 31% para 24,5%. A redução traz um benefício de preço, gerando a expectativa de que isso atraia o produtor argentino para a venda. A medida tende a estimular o esmagamento no país vizinho e elevar a oferta de farelo no mercado internacional, o que pode pressionar os prêmios brasileiros.

A venda de farelo de soja na China ganhou força diante da expectativa de redução da chegada de soja nos próximos dois meses, devido à menor oferta do Brasil. O atraso dos embarques de soja do Brasil deve resultar em queda nos estoques de farelo chineses. A procura chinesa por soja seguirá firme no curto prazo, pois as margens de esmagamento estão positivas e a demanda firme, sustentando os preços do farelo e ajudando nos prêmios de soja no Brasil. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve a projeção de produção de soja do Brasil em 169 milhões de toneladas, mas aumentou a estimativa de esmagamento, que passou de 55 milhões de toneladas para 56 milhões de toneladas no último relatório (fevereiro).

Com isso, a produção nacional de farelo deve alcançar 43,1 milhões de toneladas, enquanto as exportações devem atingir 22 milhões de toneladas, crescimento de 4,8% sobre a safra passada. A produção de óleo foi elevada para 11,2 milhões de toneladas e o consumo doméstico para 9,9 milhões de toneladas, altas de 2% sobre o projetado anteriormente. Apesar do leve ajuste para a produção, o balanço brasileiro de óleo de soja seguirá apertado para a safra 2024/25. Nos últimos dias, o produtor argentino se mostrou mais disposto a negociar. Se isso se mantiver, a tendência é de bom ritmo de esmagamento no país, com pressão nos prêmios do farelo e do óleo, que tende a se estender para o Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.