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13/Feb/2025

Carlos Cogo: quebras no Sul reduzirão safra de soja

O sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, acredita que a produção de soja 2024/2025 do Brasil não alcançará 170 milhões de toneladas, devido às perdas na safra gaúcha por causa das altas temperaturas. A estimativa da consultoria é de produção de 165,4 milhões de toneladas, ante 147,7 milhões de toneladas em 2023/2024. Para a América do Sul, a projeção é de 231 milhões de toneladas, considerando perdas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. A área plantada no Brasil em 2024/2025 é projetada em 47,4 milhões de hectares.

Segundo Cogo, a cada dia de calor intenso a situação das lavouras no Rio Grande do Sul se agrava. Em contrapartida, Mato Grosso tem lavouras em bom estado, assim como Goiás, Minas Gerais, São Paulo e toda região do Matopiba. Sobre os preços da oleaginosa, o analista destaca os preços mais baixos que a média de 10 anos, o que, afirma, pode fazer produtores norte-americanos reduzirem a área semeada neste ano. Na Bolsa de Chicago, os futuros de soja para maio, atualmente o vencimento mais líquido, hoje em US$ 10,60 por bushel, abaixo da média de dez anos de US$ 11,16 por bushel, de acordo com a consultoria.

Cogo diz que, no Brasil, os prêmios para a soja deverão subir a partir de maio, o que deve acarretar altas de preço no período. A armazenagem deve continuar sendo um problema, diz ele. Cita que em 2025 a estimativa para a produção total de grãos é de 333 milhões de toneladas, ante uma capacidade de armazenagem de 215 milhões de toneladas. Outro fator de sustentação das cotações é o potencial de demanda, a depender de como a China reagirá às tarifas de 10% impostas pelos Estados Unidos. O país asiático pode direcionar mais compras ao Brasil, diz Cogo. Fonte: Broadcast Agro.