10/Feb/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (07/02), pressionados por chuvas recentes na Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que 68% da safra do país apresentava condição entre normal e excelente na última semana, ante 72% na semana anterior. Porém, nos últimos dias houve precipitações generalizadas, com acumulados significativos na região central. Esse aumento da umidade ajudaria a conter a redução nos rendimentos potenciais da soja de 1ª safra e contribuiria para reverter as situações de estresse hídrico antes do início das etapas críticas nas lavouras de 2ª safra.
O vencimento março da oleaginosa recuou 11,00 cents (1,04%), e fechou a US$ 10,49 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 0,72%. Temores de uma escalada na guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China também pesaram sobre os contratos, apesar de o país asiático não ter incluído commodities agrícolas na lista de produtos a serem tarifados. Mas, o mercado ainda trabalha com incertezas sobre os próximos passos do governo chinês.
É possível que a China cancele algumas compras de soja norte-americana e redirecione a demanda para o Brasil, à medida que a oferta da América do Sul se torna mais abundante. Além disso, o mercado começa a sentir a pressão da entrada da oferta brasileira no circuito comercial, apesar do atraso na colheita. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica nesta terça-feira (11/02) seu relatório mensal de oferta e demanda, e analistas acreditam que a estimativa para a safra brasileira será elevada de 169 milhões de toneladas para 169,9 milhões de toneladas. A previsão para a Argentina deve ser cortada de 52 milhões de toneladas para 50,6 milhões de toneladas.