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07/Feb/2025

Preços da soja se mantêm praticamente estáveis

No mercado interno de soja, os preços se mantiveram praticamente estáveis, com leve recuo entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta quinta-feira (06/02). O dólar recuou ante o Real nesta quinta-feira (06/02), devolvendo os ganhos obtidos na véspera, uma vez que os investidores retomaram o processo de correção de preço da moeda no Brasil diante da percepção de exagero nas cotações do ano passado e de um novo governo dos Estados Unidos mais moderado do que o esperado. O dólar fechou em baixa de 0,49%, a R$ 5,76, a menor cotação desde 18 de novembro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,74. Em uma sessão esvaziada de notícias e dados econômicos, os investidores se posicionaram com base em fatores externos e domésticos observados em sessões recentes, o que, como na maior parte deste ano, significou perdas para a moeda norte-americana. Na cena doméstica, o mercado retomou o movimento recente de reprecificação dos ativos brasileiros, avaliando novamente que os preços registrados no fim do ano passado, em meio às preocupações com o cenário fiscal brasileiro, estavam muito exagerados, o que fornece espaço para correção. Antes do leve ganho de quarta-feira (05/02), o dólar recuou ante a moeda brasileira por doze sessões consecutivas e agora acumula uma perda de 6,7% no ano.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quinta-feira (06/02). O mercado foi impulsionado pelo recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O vencimento março da oleaginosa ganhou 3,50 cents (0,33%), e fechou a US$ 10,60 por bushel. Esse fator foi contrabalançado por fracas vendas externas dos Estados Unidos. O volume representa queda de 12% ante a semana anterior e de 40% em relação à média das quatro semanas anteriores. As vendas de soja norte-americana podem ser vistas como "decepcionantes". Incertezas quanto às negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, também pesaram sobre os contratos, apesar de a soja não ter sido incluída na lista de produtos a serem tarifados pela China. Assim, é possível que a China cancele algumas compras de soja norte-americana e dê preferência ao grão brasileiro, à medida que a oferta da América do Sul se torna mais abundante. Além disso, apesar de atrasos, a colheita no Brasil continua avançando, com um volume previsto de mais de 170 milhões de toneladas.

No Paraná, no Porto de Paranaguá, os compradores indicam entre R$ 134,00 e R$ 136,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento até 15 de março. Na região oeste do Estado, a indicação é de R$ 127,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em fevereiro e pagamento no final de março. Na região de Toledo, o mercado disponível oscila entre R$ 123,00 e R$ 124,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento até 29 de fevereiro. Para safra de verão (1ª safra 2024/2025), a indicação é de R$ 140,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para embarque em fevereiro de 2026 e pagamento em março do mesmo ano. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, as indicações para a soja disponível estão entre R$ 110,00 e R$ 111,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em março. No caso da safra 2025/2026, a indicação é de R$ 118,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em fevereiro de 2026 e pagamento em março.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.