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06/Feb/2025

Futuros de soja em baixa com tensões comerciais

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (05/02). Incertezas quanto às negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, estão deixando o mercado apreensivo. A China anunciou que vai impor tarifas a diversos produtos norte-americanos, em retaliação à taxação de bens chineses em 10% anunciada pelos Estados Unidos. Traders estavam na expectativa de um acordo como o que foi fechado com o México e o Canadá, mas Donald Trump afirmou não ter pressa para conversar com o presidente chinês.

Apesar da apreensão do mercado de soja, a oleaginosa não foi incluída na lista de produtos a serem tarifados pela China. O vencimento março caiu 18,00 cents (1,67%), e fechou a US$ 10,57 por bushel. Os negócios foram influenciados também pelo desempenho do farelo e do óleo de soja, que caíram 1,82% e 1,46%, respectivamente. O farelo passou por realização de lucros, enquanto o óleo de soja acompanhou o recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

A queda do óleo vegetal refletiu ainda a concorrência do óleo de canola do Canadá, que continua entrando nos Estados Unidos sem as tarifas, adiadas temporariamente. Chuvas em regiões de cultivo da Argentina foram outro fator baixista para os preços, aliviando algumas preocupações relacionadas ao tempo quente e seco. As perdas foram limitadas pelo ritmo lento da colheita no Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os trabalhos alcançavam na última semana 8% da área prevista, ante 3,2% na semana anterior e 14% em igual período de 2024.