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05/Feb/2025

Futuros de soja revertem perdas e fecham em alta

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (04/02), revertendo perdas iniciais. A notícia de que a China vai impor tarifas a diversos produtos norte-americanos, em retaliação à taxação de bens chineses em 10% anunciada no último sábado pelos Estados Unidos, pressionou as cotações inicialmente.

No entanto, a ausência da soja entre os produtos que serão tarifados pela China trouxe certo alívio ao mercado. A China anunciou que vai impor tarifa de 15% sobre carvão e gás liquefeito dos Estados Unidos, e de 10% sobre petróleo, máquinas agrícolas e veículos de grande potência. O vencimento março da oleaginosa subiu 16,75 cents (1,58%), e fechou a US$ 10,75 por bushel. A alta também foi sustentada pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras.

O ritmo lento de colheita no Brasil também deu suporte aos preços. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita alcançava 8% da área prevista, ante 3,2% na semana anterior e 14% em igual período de 2024. Os trabalhos de campo estão mais avançados no Paraná, onde 18% da área já foi colhida, seguido por Mato Grosso (14,7%) e Mato Grosso do Sul (7%).

Os ganhos foram limitados pelo desempenho do óleo de soja, que recuou mais de 1%. O governo norte-americano suspendeu por 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, após abrir negociações com os dois países sobre o controle das fronteiras. Com isso, o óleo de canola continuará entrando nos Estados Unidos sem tarifas, o que pode reduzir a demanda pelo óleo de soja norte-americano.