04/Feb/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (03/02), impulsionados pelo adiamento das tarifas dos Estados Unidos sobre importações do México e pela piora no clima para a safra da Argentina. O vencimento março da oleaginosa avançou 16,25 cents (1,56%), e fechou a US$ 10,58 por bushel. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos mexicanos foram suspensas por um mês, após conversa com a presidente do México, Claudia Sheinbaum.

A medida aliviou parte das preocupações do mercado, embora as tarifas sobre o Canadá e a China tenham sido mantidas. A taxação sobre o óleo de canola canadense, em especial, favorece o óleo de soja dos Estados Unidos, elevando sua demanda e sustentando os preços do grão. Além disso, traders monitoram as condições adversas para a safra argentina. Ratings continuam a cair para os cultivos da Argentina, assim como as estimativas de produção. A previsão climática ficou mais seca nesta segunda-feira (03/02), reduzindo as chuvas esperadas para o país.

No Brasil, apesar dos atrasos na colheita, consultorias seguem projetando uma safra recorde. A Céleres elevou sua estimativa para 174 milhões de toneladas, impulsionada por melhores rendimentos nas Regiões Centro-Oeste e Norte do País. A consultoria AgRural estimou que a colheita avançou para 9% da área cultivada até o dia 30 de janeiro, contra 4% uma semana antes e 16% um ano atrás. O volume de soja inspecionado para exportação nos portos dos Estados Unidos cresceu 37,3% na semana, atingindo 1,013 milhão de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o que também contribuiu para a alta do mercado.