04/Feb/2025
Segundo o Citi, a possível imposição de tarifas pelos Estados Unidos contra a China pode afetar o mercado global de soja, pressionando os preços na Bolsa de Chicago e beneficiando a soja brasileira. O banco trabalha com o cenário em que o governo norte-americano eleva tarifas sobre produtos chineses, o que poderia levar a China a retaliar taxando commodities agrícolas dos Estados Unidos. Se os Estados Unidos aumentarem tarifas sobre a China, o país asiático pode reagir cobrando mais impostos sobre produtos agrícolas norte-americanos, principalmente a soja.
Isso tende a derrubar os preços na Bolsa de Chicago e favorecer a soja do Brasil. A colheita de soja no Brasil avança em ritmo mais lento que o habitual. Até 24 de janeiro, menos de 5% da área havia sido colhida, abaixo da média dos últimos cinco anos. Esse ritmo lento de colheita, combinado com a disponibilidade limitada, está contribuindo para a força nos futuros da soja. A alta das cotações, no entanto, tem sido contida pela queda nos preços do petróleo, que impacta a demanda por biocombustíveis. A valorização do dólar em relação ao Real ajudou a limitar novas perdas, mantendo a competitividade das exportações do Brasil.
A situação da safra argentina também influencia o mercado. O sentimento do mercado foi influenciado por relatos de danos às plantações de soja na Argentina, onde o calor extremo e o estresse hídrico levaram a previsões de rendimento mais baixas. Com isso, a estimativa de produção do país foi reduzida, adicionando pressão à oferta global e ao mercado de farelo de soja. No cenário global, o Citi observou que a inflação no Índice de Preços de Alimentos da FAO subiu ao longo de 2024, mas pode se estabilizar em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.