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04/Feb/2025

Revisada a projeção da soja 2024/2025 no Brasil

A consultoria Céleres revisou para cima sua estimativa de produção de soja no Brasil na safra 2024/2025 para 174 milhões de toneladas, um aumento de 4 milhões de toneladas em relação à previsão de agosto de 2024 e de 15 milhões de toneladas acima da safra anterior. A safra cheia no Brasil aponta para aumento na formação de estoques internos e na América do Sul, mesmo com os problemas climáticos na Argentina, o que deve manter pressão sobre os preços na Bolsa de Chicago e sobre os prêmios locais. A safra ocupa 47 milhões de hectares, avanço de 1,85% sobre 2023/2024, com produtividade média de 3,7 toneladas por hectare (+10,57%).

O crescimento da produção ocorre em meio a um regime climático favorável e recuperação dos rendimentos das lavouras nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Mato Grosso e Goiás devem colher, respectivamente, 5,6 milhões e 2,6 milhões de toneladas a mais em comparação com a temporada passada, enquanto a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) terá incremento de 5,2 milhões de toneladas. Os maiores crescimentos proporcionais vêm de Tocantins (+26,36%) e Bahia (+30,80%). Na Região Sul, o potencial produtivo ainda é incerto devido ao clima mais seco no início do ano. Pode haver ajustes nos próximos acompanhamentos, sobretudo para o Rio Grande do Sul.

A produção do Estado deve recuar 1,79%, para 19,9 milhões de toneladas, enquanto o Paraná, que iniciou o plantio em boas condições, deve colher 22,4 milhões de toneladas, avanço de 8,27% sobre a temporada anterior. O aumento na produção deve pressionar os preços internos e os custos logísticos. O cenário de colheita mais alta terá impactos relevantes sobre custos de logística e ocupação de infraestrutura local e portuária, o que pode ser mais um fator de pressão sobre as cotações locais, sobretudo no primeiro trimestre de 2025.

Apesar da colheita atrasada, a produtividade elevada e o Real desvalorizado devem favorecer as margens dos produtores. Aliado ao Real fraco, a boa produtividade de soja será determinante para a geração de margens positivas na cultura, sobretudo após um ano ruim para o sojicultor no Cerrado. No balanço de oferta e demanda, a estimativa de exportações é de 107 milhões de toneladas e esmagamento de 56,5 milhões de toneladas em 2024/2025. O estoque final deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, ante 1,1 milhão de toneladas no ciclo anterior, elevando a relação estoque/consumo para 4,5%, frente aos 0,7% da safra passada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.