03/Feb/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (31/01). O mercado foi influenciado em parte pelo anúncio de que os Estados Unidos vão taxar em 10% produtos da China e em 25% bens do México e do Canadá. As medidas passaram a valer no sábado (1º/02). A expectativa é de que a China, o maior comprador de soja do mundo, imponha tarifas retaliatórias a produtos norte-americanos. O vencimento março da oleaginosa recuou 2,00 cents (0,19%), e fechou a US$ 10,42 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 1,30%.
O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%, limitou as perdas. A tarifação do óleo de canola do Canadá pode favorecer o uso do óleo de soja dos Estados Unidos, impulsionando os ganhos do derivado. O Canadá é o principal exportador global do óleo de canola, enquanto os Estados Unidos são o maior importador. Quanto à safra sul-americana, a expectativa ainda é de ampla oferta, apesar do clima desfavorável na Argentina. Se olhar no médio prazo, colocando a safra brasileira na balança, os fundamentos ainda são baixistas, mesmo com redução na oferta dos Estados Unidos e com uma possível redução de 3 milhões ou 4 milhões de toneladas na Argentina.
O mundo está super ofertado. A safra brasileira é a que mais pressiona o mercado, com projeções de até 175 milhões de toneladas, enquanto a China mantém importações estáveis em torno de 100 milhões de toneladas desde 2017/2018. Na Argentina, o plantio de soja foi concluído com uma área de 18,4 milhões de hectares, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A produção estimada para a safra 2024/2025 é de 49,6 milhões de toneladas. A parcela da safra de soja em condição entre normal e excelente se manteve em 72% na semana passada.