30/Jan/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (29/01). Traders aproveitaram os preços mais baixos da commodity para recomprar contratos, após as quedas das últimas sessões. A depreciação recente do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, contribuiu para os ganhos. Somente em janeiro, a moeda norte-americana acumula desvalorização de cerca de 5%. O vencimento março da oleaginosa ganhou 15,50 cents (1,48%), e fechou a US$ 10,60 por bushel. Atrasos na colheita no Brasil também deram suporte aos preços.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os trabalhos avançaram apenas 2% na semana passada, para 3,2% da área semeada. Em relação a igual período da safra 2023/2024, quando 8,6% da área já havia sido colhida, há atraso de 5,4%. A possibilidade de ajustes na produção da Argentina, por causa do tempo quente e seco em regiões de cultivo, foi outro fator altista para as cotações.
Por enquanto, as ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não parecem estar afetando os preços. Trump ameaçou impor tarifa de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 10% sobre bens da China em 1º de fevereiro. A data proposta por Donald Trump para as tarifas está se aproximando, com as ameaças ainda muito presentes. O feriado do Ano Novo Chinês, que vai até o dia 4 de fevereiro, deve enfraquecer a comercialização na Bolsa de Chicago. O mercado segue atento ao feriado chinês, que reduz a atividade comercial. É um período de liquidação para investidores na Bolsa de Chicago, mas nada que altere os fundamentos no médio prazo.