29/Jan/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (28/01). O vencimento março da oleaginosa fechou sem variação, a US$ 10,45 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 1,50 milhão de toneladas de soja em janeiro.
Atrasos na colheita no Brasil também deram algum suporte aos preços. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os trabalhos avançaram apenas 2% na semana passada, para 3,2% da área semeada. Em relação a igual período da safra 2023/2024, quando 8,6% da área já havia sido colhida, há atraso de 5,4%. Esses fatores foram contrabalançados por temores de que os Estados Unidos imponham tarifa de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 10% sobre bens da China em 1º de fevereiro.
Também pesaram sobre os contratos chuvas em áreas de cultivo da Argentina nos últimos dias, que podem melhorar o balanço hídrico das lavouras. Apesar disso, a safra de soja na Argentina enfrenta uma situação crítica e pode atingir apenas 47 milhões a 48 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, abaixo das 52 milhões de toneladas estimadas em janeiro pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), afirmou a StoneX.
A redução do imposto de exportação para os principais produtos agrícolas da Argentina foi outro fator baixista. As alíquotas passaram de 33% para 26% para o grão e de 31% para 24,5% para farelo e óleo, e ficam em vigor até 30 de junho. Além disso, o feriado do Ano Novo Chinês, que vai até o dia 4 de fevereiro, enfraquece a comercialização na Bolsa de Chicago. O mercado segue atento ao feriado chinês, que reduz a atividade comercial. É um período de liquidação para investidores, mas nada que altere os fundamentos no médio prazo.