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29/Jan/2025

Boas perspectivas para safra brasileira 2024/2025

Segundo a StoneX, a safra brasileira de soja 2024/2025, mesmo enfrentando cortes estimados em 5 milhões de toneladas devido a perdas no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, ainda deve atingir um volume próximo ou acima de 165 milhões de toneladas. As perdas nessas regiões específicas foram significativas, mas o desempenho de estados como Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) sustentam a estimativa otimista para a produção nacional. Mesmo com essas quebras regionais, ainda pode-se esperar uma safra cheia na média nacional. No Rio Grande do Sul, a estiagem prolongada afeta especialmente as lavouras precoces. Em algumas áreas, como no noroeste do Estado, as perdas foram irreversíveis. Em Mato Grosso do Sul, cerca de 500 mil hectares foram prejudicados pela falta de chuvas e temperaturas elevadas.

Por outro lado, em Mato Grosso, principal produtor brasileiro, continua apresentando resultados positivos, com potencial até para revisões de alta na produção. O Estado começou o ciclo agrícola com boas condições e vem mantendo um bom desenvolvimento das lavouras até o momento. Mato Grosso tem um potencial grande de safra. Alguns ajustes positivos devem ser feitos gradativamente, à medida que a colheita avança. O ritmo de colheita no País está abaixo do registrado nos últimos anos. É um cenário similar ao ciclo de 2021. Há muita soja pronta para ser colhida, mas as chuvas previstas para fevereiro e março podem atrasar ainda mais o avanço dos trabalhos no campo. O atraso pode ter implicações importantes para a logística e a qualidade dos grãos.

Chuvas em excesso podem comprometer a qualidade da soja, além de concentrar a colheita em um curto período, pressionando a logística, como vimos em 2023. Será um desafio lidar com esse cenário. Além disso, o cenário também pode interferir no calendário do milho 2ª safra de 2025, que depende diretamente da janela disponível após a retirada da oleaginosa. Estados como Mato Grosso e Goiás, que são grandes produtores de milho 2ª safra, precisam de atenção especial. Os preços estão atrativos, e deve haver aumento de área plantada de milho no Brasil. A questão é se será possível fazer isso dentro da janela ideal, especialmente na Região Centro-oeste. O clima será um fator determinante nas próximas semanas. As previsões indicam continuidade das chuvas em fevereiro e março, o que pode trazer tanto alívio quanto desafios para diferentes regiões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.