29/Jan/2025

Segundo a StoneX, o Rio Grande do Sul deve produzir pouco mais de 20 milhões de toneladas de soja na safra 2024/2025. O número já considera uma redução significativa em relação à projeção inicial da consultoria, de 23,5 milhões de toneladas, e pode ser revisado para baixo caso as chuvas continuem irregulares no Estado. O Rio Grande do Sul tinha potencial para ser o segundo maior produtor de soja do Brasil este ano, mas, sem dúvida, não atingirá esse número. O cenário é especialmente crítico no noroeste do Estado, em regiões como Santa Rosa, São Borja e São Luiz Gonzaga, onde a seca prolongada comprometeu o desenvolvimento das lavouras. Cerca de 30% da área plantada no Estado foi destinada a variedades precoces e superprecoces, que estão entre as mais afetadas.

Na região de Cândido Godói e São Luiz Gonzaga há muitas lavouras que sequer fecharam as linhas. São plantios de outubro que enfrentaram falta de chuva nos momentos mais críticos do ciclo. Há casos em que as plantas atingem apenas "um palmo" de altura e já estão em floração, ou chegam a "dois palmos" e estão formando vagens. Essas regiões não têm mais volta. Embora algumas áreas do Estado tenham registrado chuvas expressivas recentemente, como Santa Vitória do Palmar, no extremo sul, que acumulou 400 milímetros, outras seguem em situação preocupante de estiagem. Em algumas regiões a chuva literalmente sumiu antes do Natal, deixando lavouras por um mês sem nenhuma precipitação no momento mais importante do ciclo produtivo.

Apesar dos problemas climáticos, a área de soja no Rio Grande do Sul continua em expansão. Tem soja sendo plantada em lugares que há até pouco tempo eram impensáveis, como Capão da Canoa, entre o mar e a Lagoa dos Patos, e nos Campos de Cima da Serra. É difícil cravar o real tamanho da área no Rio Grande do Sul. Para a safra 2024/2025, a projeção é que o Rio Grande do Sul exporte 12 milhões de toneladas de soja e processe acima de 9 milhões de toneladas, com um estoque de passagem estimado em 2,3 milhões de toneladas. No entanto, o mercado deve acompanhar de perto a evolução do clima nas próximas semanas, especialmente em fevereiro, para avaliar o impacto final na produção e nos preços locais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.