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28/Jan/2025

Futuros caem com redução de imposto na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (27/01). O mercado foi pressionado pela decisão do governo da Argentina de reduzir temporariamente o imposto de exportação dos principais produtos agrícolas do país. As alíquotas passaram de 33% para 26% para a soja e de 31% para 24,5% para os derivados de soja. A Argentina é o principal produtor e exportador mundial de farelo, que caiu mais de 1%. A medida fica em vigor até 30 de junho. O vencimento março da oleaginosa recuou 10,75 cents (1,02%), e fechou a US$ 10,45 por bushel. Os negócios também foram influenciados por temores de que os Estados Unidos imponham tarifa de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 10% sobre bens da China em 1º de fevereiro.

Essa possibilidade ganhou força depois de Estados Unidos e Colômbia quase iniciarem uma guerra comercial durante o fim de semana. O desentendimento entre os dois países serviu como alerta para os mercados antes do prazo atual de Donald Trump para a aplicação de tarifas ao Canadá, México e China. Um movimento de liquidação de posições compradas também pesou sobre os contratos. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento elevaram suas apostas na alta dos preços de soja na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 21 de janeiro. A posição líquida comprada desses agentes aumentou 13% no período, de 58.327 para 65.921 lotes. Este é o maior saldo comprado desde 28 de novembro de 2023, o que desencadeou algumas vendas.

Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos foram outro fator baixista para os preços. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 729.362 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 23 de janeiro, queda de 25,52% ante a semana anterior. Atrasos na colheita no Brasil impediram uma alta mais expressiva das cotações. Segundo a AgRural, 3,9% da área estimada para o Brasil estava colhida até quinta-feira (23/01), índice mais baixo para esta época do ano desde a safra 2020/2021. Uma semana antes, 1,7% da área estava colhida. Um ano antes, o índice era de 10,8%. Em Mato Grosso, a redução das chuvas ajudou, mas o atraso no Estado ainda é grande e a soja chega aos armazéns com umidade alta.