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27/Jan/2025

Futuros de soja recuam acompanhando o derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (24/01). O mercado foi pressionado pelo desempenho do farelo de soja, que recuou mais de 3%. A queda do derivado, por sua vez, refletiu a decisão do governo da Argentina de reduzir temporariamente o imposto de exportação, conhecido como ‘retenciones’, sobre os principais produtos agrícolas do país. As alíquotas passarão de 33% para 26% para a soja e de 31% para 24,5% para os derivados de soja. A Argentina é o principal produtor e exportador mundial de farelo. O vencimento março da soja em grão perdeu 9,75 cents (0,92%), e fechou a US$ 10,55 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 2,10%.

Além disso, o Brasil caminha para uma safra recorde de soja, com projeções que oscilam entre 170 milhões e 175 milhões de toneladas. A Hedgepoint Global Markets afirmou que, mesmo com possíveis cortes na estimativa, é improvável que a produção deixe de ser recorde nesta safra. Fatores como expansão de área, avanços tecnológicos, recuperação do ritmo de plantio e, principalmente, condições climáticas favoráveis após outubro de 2024, têm impulsionado o desenvolvimento das lavouras na maioria dos Estados centrais do Brasil. As perdas, no entanto, foram limitadas pela escassez de chuvas na Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua projeção de safra em 1 milhão de toneladas, para 49,6 milhões de toneladas.

A contínua falta de umidade e as altas temperaturas, principalmente sobre o Núcleo Sul e centro-leste de Entre Ríos, afetaram o rendimento potencial da soja de 1ª safra. Além disso, essas condições também afetaram a soja de 2ª safra no Núcleo Sul e no norte de La Pampa-Oeste de Buenos Aires. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 1,49 milhão de toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 16 de janeiro. O volume representa alta expressiva ante a semana anterior e em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 900 toneladas. A China comprou 888,6 mil toneladas do total.