24/Jan/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (23/01). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O vencimento março da oleaginosa subiu 9,50 cents (0,90%), e fechou a US$ 10,65 por bushel. Condições abaixo do ideal para o desenvolvimento e a colheita da safra na América do Sul foram outro fator altista para as cotações. A escassez de chuvas afeta regiões de cultivo da Argentina, enquanto o excesso de umidade atrapalha o avanço da colheita no Centro-Norte do Brasil.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita no Brasil alcançou 1,2% da área apta, contra 4,7% em igual período de 2024. Em Mato Grosso, os trabalhos atingiram 1,5%, ante 10,9% um ano antes. A China anunciou na quarta-feira (22/01) que suspendeu a importação de soja de cinco unidades de cinco empresas brasileiras, após a alfândega do país asiático detectar presença de pesticidas e pragas quarentenárias nos carregamentos, segundo o Ministério da Agricultura.
A percepção é de que essa interrupção não deve durar muito tempo, mas levanta dúvidas sobre as futuras relações comerciais entre as duas partes. Em 2024, a China importou um volume recorde de 105 milhões de toneladas de soja, sendo 74,7 milhões do Brasil. A alta foi limitada por temores de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imponha uma tarifa de 10% sobre produtos chineses em 1º de fevereiro. Traders de grãos nos Estados Unidos temem que seus negócios sejam prejudicados por possíveis tarifas retaliatórias. O comércio agrícola dos Estados Unidos será alvo de retaliação tarifária.