24/Jan/2025

Segundo a consultoria Hedgepoint, o Brasil deve registrar uma produção recorde de soja na safra 2024/2025, alcançando 170,72 milhões de toneladas. A área plantada deve atingir 47,54 milhões de hectares, a maior já registrada no País, com produtividade média de 59,85 sacas de 60 Kg por hectare (3.591 Kg por hectare). Mesmo com alguns problemas produtivos no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, Estados que vêm sofrendo com baixa umidade nas últimas semanas, as altas produtividades esperadas em estados como Paraná, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia devem garantir uma nova produção recorde do maior produtor mundial de soja. As lavouras de soja no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul já apresentam perdas devido à seca e às altas temperaturas.

Contudo, os problemas estão longe de serem catastróficos. Caso as chuvas retornem nas próximas semanas, há possibilidade de recuperação parcial, principalmente no Rio Grande do Sul, onde 55,4% das lavouras ainda estão na fase de enchimento de grãos, etapa crítica do desenvolvimento. Chuvas previstas até 28 de janeiro na Região Sul do Brasil podem aliviar a estiagem e melhorar as condições das lavouras. No Paraná, a umidade pode atrasar as operações já iniciadas, enquanto em Mato Grosso, maior produtor nacional, há previsão de dificuldades no avanço das atividades devido ao excesso de precipitação. Foi feito um alerta para os desafios logísticos nos próximos meses.

No Rio Grande do Sul, a continuidade da seca aumenta o risco de perdas adicionais, enquanto em outras regiões, como o Centro-Oeste, as chuvas podem comprometer o ritmo esperado das operações. A estimativa da Hedgepoint supera a projeção mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê uma safra de 166,3 milhões de toneladas. O crescimento é atribuído à combinação de aumento da área plantada, tecnologia e condições climáticas favoráveis após outubro de 2024, que beneficiaram a maioria dos Estados da faixa central do País. Mesmo que novos ajustes sejam necessários devido ao clima, dificilmente haverá reduções suficientes para não o Brasil não atingir uma produção recorde nesta safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.