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21/Jan/2025

China antecipou compras de soja norte-americana

A antecipação das compras de soja dos Estados Unidos pela China, motivada pela expectativa de uma política comercial mais rígida no segundo mandato de Donald Trump, reduziu a demanda pelo grão brasileiro neste início de ano. Apesar disso, a comercialização interna no Brasil segue superior à do mesmo período de 2024, impulsionada pela alta do dólar, que favorece os preços em Reais. Segundo a Céleres, o dólar valorizado está sendo um fator determinante para os preços da soja. Cada aumento de R$ 0,10 no câmbio pode elevar o preço da soja em R$ 5,00 por saca de 60 Kg.

Essa valorização compensa, em parte, a redução da demanda chinesa, que atingiu um recorde de importações de soja dos Estados Unidos em 2024, antecipando possíveis tarifas norte-americanas. A Datagro acredita que a China retornará ao mercado brasileiro ao longo da colheita. Por mais que tenha antecipado compras nos Estados Unidos, a dependência da produção brasileira é inevitável. A incerteza em relação à política comercial do governo de Donald Trump também influencia os produtores brasileiros.

Muitos estão aguardando um cenário semelhante ao de 2018, quando a guerra comercial entre Estados Unidos e China aumentou significativamente a demanda pela soja brasileira. A Czarnikow compartilha dessa perspectiva e avalia que as especulações sobre uma possível reedição das sanções norte-americanas têm potencial para impactar o próximo ciclo brasileiro. Enquanto a geopolítica traz incertezas, o câmbio e a robustez da produção nacional oferecem um alicerce para o avanço das exportações, reafirmando a relevância do Brasil no mercado global de soja. Fonte: Agrimídia. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.