17/Jan/2025

Os grupos de agricultores da Argentina pediram nesta quinta-feira (16/01) que o governo de Javier Milei conceda cortes de impostos para o setor, diante de uma situação crítica devido à seca e aos baixos preços das safras. A Argentina é um grande produtor de soja e milho, ambos atingidos pela falta de chuvas desde o final de dezembro. A solicitação do setor agropecuário vem um dia depois de a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) realizar um forte ajuste em sua estimativa de safra, sinalizando que a produção de soja em 2024/2025 será inferior ao inicialmente esperado.

Os dirigentes das quatro principais entidades rurais do país solicitaram uma reunião com o ministro da Economia e o secretário da Agricultura para solicitar a imediata desoneração fiscal, através da redução de impostos. e a eliminação de 'de direitos de exportação'. Na Argentina, as exportações de soja são atualmente taxadas em 33%, e as exportações de milho e trigo em 12%. As remessas de óleo e farelo de soja estão sujeitas a um imposto de 31%. As empresas agroexportadoras repassam essas taxas aos produtores agrícolas por meio do preço que eles pagam pelos grãos.

Segundo a Sociedad Rural Argentina (SRA), Federación Agraria Argentina (FAA), Confederaciones Rurales Argentinas (CRA) e CONINAGRO, as condições climáticas somadas à depressão dos preços internacionais e aos altos custos de produção afetam a atividade. O presidente Javier Milei foi eleito no final de 2023 com forte apoio do setor rural e prometeu eliminar os impostos de exportação. As exportações agrícolas são a principal fonte de divisas para uma economia argentina que luta para controlar a inflação que terminou 2024 acima de 100% ao ano. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.