16/Jan/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (15/01). Traders deram continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na terça-feira (14/01), após o mercado ter acumulado valorização de 5,88% nas três sessões anteriores. Também pesou sobre os contratos a ausência de novas vendas avulsas de soja norte-americana para a China. Nos últimos dois dias, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou vendas para o país asiático totalizando 396 mil toneladas. O vencimento março da oleaginosa recuou 4,75 cents (0,45%), e fechou a US$ 10,42 por bushel.
As perdas foram limitadas pelo tempo quente e seco em algumas áreas de cultivo do Brasil e da Argentina. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já enxerga problemas pontuais na safra 2024/2025 em áreas das Regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil. As chuvas têm se mantido em frequência boa na maior parte do País, mas áreas de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem apresentar problemas pontuais por falta de chuvas. No entanto, a perspectiva ainda é de uma safra robusta de soja no Brasil. A Conab estimou a produção brasileira de 2024/2025 em 166,33 milhões de toneladas, aumento de 12,6% ante a temporada 2023/2024.
A AgResource elevou sua estimativa de 170,04 milhões de toneladas para 172,07 milhões de toneladas. A consultoria observou que o retorno do La Niña pode afetar a qualidade das lavouras, principalmente nas áreas mais tardias ou replantadas, mas que o avanço das chuvas sobre a Região Centro-Norte do Brasil pode compensar possíveis perdas pontuais em alguns Estados. Nos Estados Unidos, a demanda das esmagadoras continua forte. A indústria norte-americana processou um recorde de 5,62 milhões de toneladas de soja em dezembro, segundo dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa). O volume foi 6,95% maior do que o reportado em novembro, de 5,26 milhões de toneladas.