13/Jan/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta de mais de 2% na sexta-feira (10/01), refletindo dados de produção e estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra de soja 2024/2925 em 118,84 milhões de toneladas. Em dezembro, a previsão era de 121,42 milhões de toneladas. O vencimento março da oleaginosa subiu 26,25 cents (2,63%), e fechou a US$ 10,25 por bushel. O USDA estimou as reservas domésticas de soja ao fim de 2024/2025 em 10,34 milhões de toneladas, ante 12,8 milhões de toneladas previstas em dezembro.
O mercado também foi impulsionado pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 6%. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Preocupações com a safra da Argentina também deram suporte. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a falta de chuvas está afetando a condição hídrica em várias regiões de cultivo da Argentina, com exceção de Córdoba, norte da área agrícola e sudeste de Buenos Aires.
Assim, 92% das lavouras de soja apresentavam condição entre normal e excelente, ante 96% na semana anterior. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram abaixo do piso das estimativas do mercado. Segundo o USDA, exportadores venderam 288,7 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de janeiro. O volume, o menor registrado no ano comercial, representa queda de 40% ante a semana anterior e de 72% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 400 toneladas.