10/Jan/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (09/01), em sessão mais curta e com fraco volume devido ao Dia Nacional de Luto pelo falecimento do ex-presidente Jimmy Carter. O vencimento março da oleaginosa subiu 4,50 cents (0,45%), e fechou a US$ 9,99 por bushel. O mercado foi impulsionado pela queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O tempo seco em regiões de cultivo da Argentina também deu algum suporte aos preços. Não é um cenário de colapso, mas a seca nessas regiões pode funcionar como um gatilho para uma eventual alta de preços.

A expectativa de safra recorde no Brasil, porém, limitou os ganhos. O Itaú BBA revisou para cima sua estimativa de produção no País na safra 2024/2025, de 167 milhões para 170,1 milhões de toneladas. Além disso, a participação do Brasil nas importações chinesas de soja pode superar 80% em 2025 caso uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China se concretize, segundo o Rabobank.

A ausência de compras chinesas significativas do grão norte-americano também chama a atenção. A leitura geral é de que a China já adquiriu o suficiente para atender suas necessidades nos primeiros meses de 2025. Os negócios foram influenciados ainda por ajustes de posição antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (10/01). Analistas esperam uma leve redução nos estoques domésticos norte-americanos, de 12,8 milhões para 12,36 milhões de toneladas, além de uma revisão marginal na estimativa da safra dos Estados Unidos, de 121,42 milhões para 121,15 milhões de toneladas.