09/Jan/2025
Segundo o Rabobank, a participação do Brasil nas importações chinesas de soja pode superar 80% em 2025 caso uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China se concretize. O Brasil já responde por 74% das importações de soja da China em 2023/2024, mesmo nível registrado durante o pico da guerra comercial em 2018/2019. Desde 2019/2020, impulsionado principalmente por fortes compras chinesas, o aumento nas exportações brasileiras foi facilitado por um crescimento significativo na produção, que expandiu a uma taxa anual composta de 4,5%. A partir de janeiro/fevereiro de 2025, a safra brasileira estará disponível para exportação ao mercado chinês. A produção de soja do Brasil em 2024/2025 deve se recuperar significativamente após as inundações que afetaram a Região Sul do País.
As exportações brasileiras já são o dobro das norte-americanas em 2023/2024, ampliando uma tendência que começou em 2012/2013, quando o Brasil ultrapassou os Estados Unidos pela primeira vez como maior exportador global de soja. A análise destaca que empresas comercializadoras com capacidade de originação mais diversificada geograficamente terão posições mais fortes do que aquelas com ativos concentrados nos Estados Unidos. O aumento da participação brasileira pode criar um mercado global de soja com dois níveis de preços distintos, com valores mais altos para a soja brasileira, enquanto os preços norte-americanos ficariam sob pressão devido à perda do mercado chinês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.