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09/Jan/2025

China se prepara para enfrentar a guerra comercial

De acordo com o Rabobank, a China fortaleceu sua posição para enfrentar uma eventual nova guerra comercial com os Estados Unidos por meio de mudanças estruturais implementadas desde 2019. Os estoques chineses de soja aumentaram em cerca de 20 milhões de toneladas entre 2021/2022 e 2023/2024, resultado de importações que superaram as necessidades imediatas de consumo. O governo chinês tem participado diretamente das operações comerciais para elevar as reservas estatais, além de manter os estoques comerciais de segurança. A China busca aumentar a relação estoque/consumo como proteção contra riscos climáticos, logísticos e geopolíticos.

Em 2019, o governo chinês lançou um plano nacional de revitalização da soja, que resultou em aumento da produção doméstica de 15 milhões de toneladas em 2018/2019 para cerca de 20 milhões em 2023/2024. Na província de Heilongjiang, responsável por cerca de metade da produção nacional, o subsídio para cultivo de soja é atualmente 16 vezes maior que o oferecido para milho. Embora o aumento na produção doméstica pareça modesto em comparação com o volume importado, o governo não tem expectativas irrealistas de substituir totalmente as importações. O objetivo é fortalecer a segurança alimentar e reduzir parcialmente a dependência externa.

O país também implementou uma campanha para redução do uso de farelo de soja nas rações animais, promovendo fórmulas com menor teor proteico. A taxa de inclusão de farelo nas rações caiu de 17,3% em 2019 para 13% em 2023, embora alguns participantes do mercado questionem a magnitude dessa redução. A China está buscando diversificar suas fontes de proteína para ração animal, incluindo farelos de outras oleaginosas (canola, algodão, amendoim, girassol), grãos secos de destilaria (DDGS), farinha proteica de milho e subprodutos animais como farinha de ossos, de penas e sangue. No entanto, a oferta limitada desses substitutos proteicos representa um desafio significativo para as fábricas de ração domésticas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.