08/Jan/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (07/01). O vencimento março da oleaginosa perdeu 0,50 cent (0,05%), e fechou a US$ 9,97 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do farelo, que caiu mais de 1%. A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires afirmou que a Argentina, maior produtor e exportador mundial de farelo, deve esmagar um recorde de 42 milhões de toneladas de soja e embarcar 29,5 milhões de toneladas do derivado em 2024/2025.
A fraqueza das exportações norte-americanas nas últimas semanas e a perspectiva de uma safra volumosa no Brasil também pesaram sobre os contratos. O USDA informou que 1,285 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 2 de janeiro, queda de 21,8% ante a semana anterior. Além disso, a agência informou, no dia 3 de janeiro, que exportadores dos Estados Unidos venderam menos de 500 mil toneladas de soja na semana encerrada em 26 de dezembro/2024.
No Brasil, a colheita de soja 2024/2025 começou e atingia até o dia 5 de janeiro 0,2% da área prevista, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os trabalhos de campo avançaram 0,1% na semana e estão 0,4% atrasados na comparação anual. Esses fatores foram contrabalançados pela previsão de tempo quente e seco na Argentina. A alta de mais de 2% do óleo de soja também impediu uma queda mais expressiva das cotações. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.