07/Jan/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (06/01), após forte queda no pregão anterior. O vencimento março da oleaginosa ganhou 6,00 cents (0,60%), e fechou a US$ 9,97 por bushel. Os contratos de soja foram impulsionados pela recuperação técnica com compras de posições por traders. Investidores operam com cautela com o clima da América do Sul no radar e na expectativa do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser publicado na sexta-feira (10/01). Ainda há preocupações sobre o clima, especialmente na Argentina, com condições secas esperadas até a metade do mês, em seguida, melhores chances de chuva na última quinzena. Se confirmada a previsão, as condições podem afetar a produtividade das lavouras. O clima na Argentina e no Brasil, dados do uso de etanol, exportações de grãos dos Estados Unidos, expectativas para o relatório mensal do USDA, flutuações cambiais e políticas do novo governo são todos fatores que afetam os preços dos grãos.

A StoneX observa que a recuperação desta segunda-feira (06/01) ocorre em meio à expectativa de potencial surpresa com o relatório mensal do USDA de janeiro. A liquidação do mercado de grãos de sexta-feira (03/01) pareceu um pouco dura e os preços se recuperaram. Há muito em jogo em termos de potenciais surpresas fundamentais para fazer um grande movimento pré-USDA de qualquer maneira. O relatório do USDA de janeiro traz não apenas as revisões mensais usuais, mas a produção agrícola anual 'final' dos Estados Unidos, os principais estoques de grãos de 1º de dezembro e os plantios da safra de trigo de inverno, entre outros. Investidores também acompanharam os dados do relatório semanal de inspeção dos embarques de grãos nos portos dos Estados Unidos pelo USDA, que mostrou que os volumes inspecionados de soja e milho permanecem à frente do ritmo do ano comercial anterior. Na semana encerrada em 2 de janeiro, o volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos caiu 21,8% na semana, para 1,285 milhão de toneladas.

Na comparação anual, entretanto, houve aumento no volume inspecionado contra o 1,041 milhão de toneladas inspecionadas de soja em 4 de janeiro de 2024. No atual ano-safra, 29,956 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação. O mercado monitora a demanda pela oleaginosa norte-americana após dados fracos de vendas na semana passada, com a China recorrendo menos a soja norte-americana neste ano-safra. Com o fim do período de férias, a demanda pode se recuperar, embora os traders permaneçam extremamente cientes das expectativas de uma safra recorde no Brasil entrando no mercado em fevereiro. O enfraquecimento do dólar ante moedas estrangeiras, medido pelo índice DXY, também favoreceu o desempenho da soja, já que torna as commodities cotadas na divisa norte-americana mais atraente para importadores.