07/Jan/2025
A safra 2024/2025 brasileira de soja se iniciou em meio a temores por conta do baixo volume de chuvas, mas o clima favorável nos meses seguintes deve garantir produção de soja recorde. Do lado da demanda, políticas nacionais estimulando maior mistura de biodiesel ao óleo diesel devem favorecer a procura pelo grão para processamento interno. No front externo, a forte valorização do dólar frente ao Real deixa a soja brasileira mais atrativa a compradores internacionais, o que tende a favorecer as exportações. Quanto aos preços, as negociações em dólar para embarques nos portos brasileiros no primeiro semestre de 2025 são realizadas a valores bem abaixo dos registrados há um ano, e as cotações externas também operam em menores patamares.
De modo geral, além do dólar, o mercado também deve estar atento às ações que devem ser tomadas pelo novo governo norte-americano, especialmente as que se referem a tarifas de importações, que podem gerar reações de outros países e deslocar demandantes à América do Sul. No entanto, na Argentina, o governo sinalizou interesse em reduzir as “retenciones” sobre produtos agrícolas em 2025, o que pode incentivar as exportações do país e elevar a concorrência com o Brasil no farelo de soja, por exemplo. A produção brasileira é projetada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em volume recorde de 169 milhões de toneladas (40% da safra mundial) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 166,2 milhões de toneladas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.