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09/Dec/2024

Futuros de soja encerraram praticamente estáveis

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sexta-feira (06/12) próximos da estabilidade. O suporte veio da valorização do óleo de soja, que subiu quase 2% no pregão, compensando a pressão baixista dos recuos no petróleo. O contrato de março avançou 1,50 centavos de dólar (0,15%), e fechou a US$ 9,99 por bushel. Os dados de exportação norte-americana também contribuíram para sustentar as cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações semanais de soja somaram 2,31 milhões de toneladas entre 22 e 28 de novembro, próximo ao teto esperado pelo mercado, com destaque para a China como principal destino.

O mercado recebeu bem essas vendas e segue monitorando a dinâmica das exportações. Por outro lado, o avanço do dólar frente ao Real e a oficialização do acordo entre União Europeia e Mercosul limitaram os ganhos. A possibilidade de que produtos do bloco sul-americano, como o farelo de soja, ingressem na União Europeia com tarifas reduzidas pode afetar o interesse pelos produtos norte-americanos. Analistas esperam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) traga leves ajustes no relatório mensal de oferta e demanda que será divulgado nesta terça-feira (10/12). Para os estoques norte-americanos de soja, a projeção é de 12,8 milhões de toneladas, levemente acima da projeção de novembro.

Parte do recente movimento de compras pode estar relacionado à antecipação da nova administração presidencial, prevista para janeiro. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 2,553 milhões de toneladas de soja em novembro, uma queda de 50,87% em relação ao mesmo mês de 2023. Para dezembro, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta exportações entre 1,18 milhão e 1,30 milhão de toneladas, bem abaixo das 3,77 milhões registradas em dezembro do ano passado. Na América do Sul, o avanço no plantio segue como um fator de pressão para os preços. Na Argentina, 53,8% da área total prevista, de 18,6 milhões de hectares, já foi semeada, avanço semanal de 9,4%, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.