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05/Dec/2024

Cargill vai demitir 8 mil funcionários globalmente

A gigante do setor agrícola Cargill anunciou que vai demitir 5% de sua força de trabalho mundial, ou seja, cerca de 8.000 trabalhadores. O anúncio ocorre num momento em que a empresa lida com preços baixos de safras e pressões sobre o setor de carne bovina. A mudança é parte de seus esforços para alinhar pessoal e recursos dentro de uma estratégia de longo prazo definida no início deste ano. A empresa sediada em Minneapolis, nos Estados Unidos, tem mais de 160 mil funcionários em 70 países. A Cargill compra produtos agropecuários, comercializa commodities e processa carne. A empresa de quase 160 anos fabrica produtos que vão de ração animal a chocolate. Como uma companhia de capital fechado, a Cargill não tem as mesmas obrigações de divulgação de dados que as empresas de capital aberto.

Em 2020, ela encerrou sua prática de longa data de divulgar resultados trimestrais e, em vez disso, relata números sobre seu ano fiscal em seu relatório anual. No ano fiscal mais recente, a Cargill relatou US$ 160 bilhões em receita, abaixo dos US$ 177 bilhões do ano anterior. O mercado este ano foi extremamente desafiador, escreveu o presidente-executivo da companhia, Brian Sikes, no relatório anual mais recente da empresa. Os preços dos grãos, que dispararam durante a pandemia de Covid-19 em 2021 e 2022, estão sob pressão depois que produtores dos Estados Unidos e de outros países produziram grandes safras, aumentando a oferta. A Cargill, uma das maiores processadoras de carne bovina dos Estados Unidose com grande atuação também no mercado de frango, tem enfrentado neste front.

Os pecuaristas norte-americanos têm reduzido seus rebanhos em resposta à seca e aos altos custos, reduzindo a oferta de gado e aumentando os preços para a indústria. Tradings de grãos como Cargill, Bunge e Archer Daniels Midland podem enfrentar turbulência comercial sob a futura administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. No mandato anterior de Trump, a imposição pelos Estados Unidos de taxas sobre as importações da China e de outros países geraram tarifas retaliatórias sobre as exportações norte-americanas de soja e outros produtos agrícolas, chegando a atrapalhar o fluxo global de produtos alimentícios e a inibir os negócios das operadoras de commodities. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.