04/Dec/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (03/12), impulsionados pelo movimento de recuperação do óleo de soja e pela desvalorização do dólar em relação a moedas concorrentes. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 6,50 cents (0,66%), e fechou a US$ 9,91 por bushel. A alta reflete um movimento de correção após quedas recentes e tem sido beneficiada pelo enfraquecimento do dólar, que favorece as exportações de produtos norte-americanos. O principal fator é a alta do óleo de soja, que chegou a subir mais de 2% durante a sessão, enquanto o óleo de palma fechou em alta na Malásia devido às chuvas.
O petróleo, que subiu 3% no dia, deu suporte adicional aos preços do complexo soja, fortalecendo o óleo de soja e, consequentemente, a oleaginosa. O contrato de janeiro do óleo de soja avançou 72 pontos (1,74%), e fechou a 42,14 centavos de dólar por libra-peso, reforçando o suporte à soja na sessão. Além disso, a valorização do petróleo estimula a mistura de biodiesel ao diesel, o que beneficia o mercado de óleo de soja. Os ganhos do óleo de palma também contribuíram para a recuperação do óleo de soja. A boa demanda pela oleaginosa dos Estados Unidos foi outro fator de suporte.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 5,87 milhões de toneladas foram processadas no país durante outubro, superando o recorde de 5,74 milhões previstos por analistas e as 5,08 milhões de toneladas de setembro. Os estoques de óleo de soja foram reportados em 673.585 toneladas, abaixo das 689.460 toneladas estimadas pelo setor privado e das 680.084 toneladas do mês anterior. Apesar do suporte atual, a perspectiva de safra robusta no Brasil e a conclusão do plantio da safra 2024/2025 seguem limitando ganhos mais expressivos.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil já plantou 90% da área prevista, contra 83,30% na semana anterior e 83,10% em igual período de 2023. De acordo com o Soybean & Corn Advisor, a previsão para a safra brasileira foi elevada de 168 milhões de toneladas para 170 milhões de toneladas, superando as 169 milhões de toneladas projetadas pelo USDA e as 166,14 milhões de toneladas estimadas pela Conab. O mercado continua atento à situação climática na América do Sul e às políticas comerciais da nova administração dos Estados Unidos. Altas prolongadas provavelmente levarão a ondas de vendas por parte dos agricultores, e, se o clima favorável para o cultivo na América do Sul continuar, haverá mais pressão, sendo improvável um alívio vindo da demanda por exportações.