03/Dec/2024
A Aliança Agrícola do Cerrado, processadora de grãos com sede em Uberlândia (MG), investe na expansão industrial para conquistar mais mercados na Ásia. A empresa dobrará sua capacidade em Bataguassu (MS), de 336 mil para 700 mil toneladas até 2027, enquanto mantém 400 mil toneladas anuais em São Joaquim da Barra (SP). Para sustentar esses investimentos, captou R$ 147 milhões via CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) em junho de 2023. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram o potencial asiático: o continente adquiriu 82% das exportações brasileiras de soja em 2024.
Sem deixar de atender à Europa, o foco da empresa é ganhar competitividade no mercado asiático. Na safra 2023/2024, a empresa movimentou 2,8 milhões de toneladas, com faturamento de R$ 5 bilhões. Para 2024/2025, a meta é de 3 milhões de toneladas e receita entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões. Hoje, o Leste Europeu, em especial a Rússia, é um mercado estratégico para a Aliança Agrícola. Para a região, a empresa destina 700 mil toneladas de soja por ano, embora o volume já tenha chegado a 1,2 milhão. Em parceria com a Sodrugestvo, uma das maiores esmagadoras do Leste Europeu, movimenta soja e trigo por ferrovia e portos do Báltico.
O cereal russo vem para o Brasil. A Aliança foi pioneira em importar trigo russo, com 700 mil toneladas em 2018. Movimenta atualmente cerca de 200 mil toneladas/ano. No Brasil, a Aliança Agrícola tem diversificado as rotas de escoamento de seus produtos. Foi a primeira empresa a exportar soja pelo Porto do Rio de Janeiro e já tornou os portos de Barcarena (PA) e Santana (AP), no Arco Norte, saída para metade do volume que movimenta. A Aliança tem fortalecido sua operação em portos estratégicos para reduzir impactos logísticos em uma safra que virá muito concentrada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.