02/Dec/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (29/11), em sessão mais curta e esvaziada após o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,08%), e fechou a US$ 9,89 por bushel. Na semana passada, acumulou valorização de 0,61%. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel. A boa demanda pelo grão norte-americano também deu suporte aos preços.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 991,7 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025. Exportadores venderam 2,49 milhões de toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 21 de novembro. O volume, o maior do ano comercial até agora, representa alta de 34% ante a semana anterior e de 31% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para 2025/2026, foram vendidas 18 mil toneladas. A China comprou 1,087 milhão de toneladas do total.

Esses fatores foram contrabalançados pelo avanço recente do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. A moeda norte-americana opera acima de R$ 6,00, com o aumento da percepção de risco fiscal após o anúncio de medidas de contenção de gastos pelo governo federal, consideradas insuficientes pelo mercado. Boas perspectivas para a safra sul-americana também pesaram sobre os contratos. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que produtores na Argentina tinham semeado até a última semana 44,4% da área projetada, de 18,6 milhões de hectares. O progresso na semana foi de 8,6%. A Agroconsult estimou que o Brasil deverá colher 172 milhões de toneladas de soja na safra 2024/2025, aumento de 16,7 milhões de toneladas, ou 10,7%, em relação à safra anterior.