27/Nov/2024
No mercado interno de soja, os preços recuaram entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta terça-feira (26/11). O dólar fechou esta terça-feira (26/11) praticamente estável ante o Real, com o mercado ainda à espera do pacote de medidas fiscais do governo Lula, enquanto no exterior a moeda norte-americana avançava ante boa parte das demais divisas de emergentes, em meio às promessas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de elevar tarifas de importação. O dólar fechou com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,80. Em novembro a divisa acumula elevação de 0,49%.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (26/11). O mercado foi pressionado pela ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% a importações do México e do Canadá e uma tarifa adicional de 10% a produtos da China. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 2,25 cents (0,23%), e fechou a US$ 9,83 por bushel. As ameaças, porém, trouxeram uma sensação de alívio para alguns analistas.
Agora já se sabe qual será a tarifa e quando tudo acontecerá. Analistas da Capital Economics especularam que o anúncio de Trump pode ter como objetivo extrair concessões dos países afetados, o que poderia evitar a imposição das tarifas. Condições favoráveis para o plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras na América do Sul também pesaram sobre as cotações. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a semeadura no Brasil alcançava, até o dia 24 de novembro, 83,3% da área prevista, contra 73,8% na semana anterior e 75% em igual período do ano passado.
Em São Paulo, na região de Campinas, para safra 2024/2025, os compradores indicam R$ 135,00 por saca de 60 Kg CIF, para retirada e pagamento em fevereiro do próximo ano. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a indicação no disponível é de R$ 133,00 por saca de 60 Kg FOB. Para a safra 2024/2025, os compradores indicam entre R$ 114,00 e R$ 116,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em abril de 2025. O cenário deve continuar lento até que os preços se aproximem de R$ 120,00 por saca de 60 Kg, que é o patamar mínimo de interesse para o produtor. A falta de chuvas na região é outro fator que mantém os negócios travados.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.