26/Nov/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta segunda-feira (25/11). O mercado foi influenciado em parte por compras de oportunidade, após ter acumulado perda de 1,50% na semana passada. O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 2,25 cents (0,23%), e fechou a US$ 9,85 por bushel. A boa demanda externa pelo grão norte-americano foi outro fator altista para os preços. Somente na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou vendas avulsas de soja totalizando 1,22 milhão de toneladas.
Segundo o USDA, 2,1 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 21 de novembro, queda de 7,25% ante a semana anterior. Apesar do recuo, o volume ainda é bastante expressivo. Os ganhos foram limitados pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1%. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O avanço do plantio no Brasil também pesou sobre os contratos.
De acordo com levantamento da AgRural, produtores tinham semeado até a última quinta-feira 86% da área prevista, em comparação com 80% uma semana antes e 74% em igual período do ano passado. O avanço da semeadura e o desenvolvimento das lavouras ocorrem sem maiores percalços em praticamente todo o País, mas existem pontos de atenção no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul por causa da redução das chuvas nas últimas semanas. Além disso, o Itaú BBA elevou sua estimativa para a safra brasileira de soja 2024/2025 de 163 milhões de toneladas para 167 milhões de toneladas.