26/Nov/2024
O Itaú BBA elevou sua estimativa para a safra brasileira de soja 2024/2025 de 163 milhões de toneladas para 167 milhões de toneladas. A concentração da colheita ocorrerá entre a 2ª quinzena de janeiro e a 1ª quinzena de fevereiro. O monitoramento climático neste período poderá afetar tanto o avanço da colheita quanto a logística de escoamento, com possibilidade de escalada dos fretes. O plantio da oleaginosa no Brasil avançou de forma mais rápida a partir da segunda quinzena de outubro. O retorno das chuvas em bons volumes na região central beneficiou o desenvolvimento dos trabalhos.
Os embarques do grão, no acumulado do ano, seguem à frente do ano passado, porém mostraram desaceleração. A rápida evolução do plantio, impulsionada pelo retorno das chuvas em bons volumes a partir de outubro, foi determinante para a atualização da estimativa. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que 74% da área projetada já foi semeada até a última semana, superando o ritmo do ano passado. Estados como Mato Grosso, com 94% da área plantada, e Paraná, com 97%, já se aproximam da finalização dos trabalhos.
No mercado interno, os preços seguem em alta, sustentados pela valorização dos prêmios de exportação e do dólar. No Porto de Paranaguá (PR), a soja foi negociada acima de R$ 140,00 por saca de 60 Kg em outubro e manteve tendência de alta em novembro. Os estoques ajustados pela demanda robusta, tanto interna quanto externa, reforçam o cenário de preços firmes. No mercado internacional, os preços na Bolsa de Chicago permanecem estáveis, com cotações médias de US$ 10,00 por bushel em novembro.
A redução na produção norte-americana, revisada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para 121,4 milhões de toneladas, resultou em um corte nos estoques finais para 12,8 milhões de toneladas. Ainda assim, o balanço global segue confortável, com estoques finais projetados em 131,7 milhões de toneladas e relação estoque/uso estável em 33%. A perspectiva climática permanece uma variável chave. Embora o Itaú BBA projete impactos limitados de uma La Niña fraca, foi destacada a importância de acompanhar as condições nas próximas semanas para mitigar possíveis escaladas nos custos logísticos durante o escoamento da safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.